Retomada do setor químico avançou um ano após a covid-19, aponta KPMG

A KPMG realizou um levantamento analisando os quatro padrões de retomada dos 40 principais setores da economia brasileira após um ano de início da pandemia da covid-19. Segundo estudo, o setor químico avançou do estágio de “crescimento” identificado no início das ações de restrições do governo, quando foi realizada primeira edição do relatório, para “retorno ao normal”. Nessa etapa, estão as indústrias e empresas recuperarão mais rapidamente à medida que a demanda do consumidor retornar em volumes semelhantes.

“Com o início das medidas de restrições da covid, as empresas tiveram uma redução na utilização da capacidade instalada, que já vinha em níveis baixos nos anos anteriores e grande dependência de outros setores (automotivo, hospitalar, etc.). Mas a pesquisa trouxe um cenário do setor um ano após o início da pandemia que se mostrou melhor do que o período anterior, o que parece positivo para as empresas químicas”, analisa o sócio do setor químico da KPMG, Sérgio Bento.

Entre as tendências para o setor químico apontadas pelo estudo na nova edição, estão as seguintes: buscar por alternativas que mitiguem impactos na variação cambial e por alternativas de segmentos para fornecimento de produtos; queda no setor automotivo afeta drasticamente o segmento de químico; revisão do modelo de produção e cadeia logística a fim de incorporar alternativas factíveis em tempo hábil a custo justificável que permita uma projeção de receita e crescimento de vendas sustentável; maior disponibilidade de produtos no mercado e preços mais baixos das matérias-primas em petroquímicos provoca aumento de vendas em volume; preços mais baixos na divisão de intermediários refletiram, principalmente, na continuação da fraca demanda; conduta mais disciplinada nos investimentos em aumento de capacidade; margens mais comprimidas em função do cenário do setor.

Já com relação à nova realidade do setor, o relatório apontou oito tópicos prioritários:

  • Modelo de negócios: abertura do mercado de gás no Brasil estimulará investimentos no setor de químicos.
  • Modelo operacional: busca por alternativas na cadeia de suprimentos.
  • Modelo circular de produção: preconiza a redução do consumo de matérias-primas, o reuso, a reciclagem e o uso de energias renováveis e novos materiais
  • Mudanças de hábitos dos consumidores: grande variação por depender de vários segmentos.
  • Estratégia: baixo impacto.
  • Colaboradores: afetados de forma moderada pela variedade de setores que consomem a matéria-prima.
  • Estrutura de capital: consolidações no mercado em grandes grupos.
  • Gestão de riscos: alternativas que mitiguem impactos na variação cambial.

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